segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Análise de Dragon Age:Origins de PS3 no Kotaku!


" Após uma missão espacial de sucesso, a BioWare retorna à suas raízes com Dragon Age: Origins, um conto épico sobre o Bem e o Mal, Certo vrs Errado e garotas gostosas (!?). O País de Ferelden está prestes a ser tomado pelo demoníaco Blight, e apenas os heróicos Grey Wardens podem salvar a terra da destruição total. Parece simples, mas o conflito entre o Bem e o Mal é apenas  pano de fundo para um conto de intrigas, manobras políticas e traição. Apenas quando você  jogar uma das seis histórias específicas baseadas exclusivamente na raça  de seu personagem você entenderá, participando de uma reunião de aventureiros heróicos e não (tão )heróicos.  A BioWare prova mais uma vez que ela pode produzir RPGs de fantasia de alto calibre, mas será que eles removeram toda a "fantasia" do game?

 

Prós:

O Mundo: BioWare traz vida ao reino de Ferelden em DA:O. Mais que um simples plano de acontecimentos, Ferelden parece um lugar real com uma história rica saltando da tela para o jogador. A aparência e o "feeling" do mundo criado pela BiWare é quase tão impressionante quanto a ficção, com algumas áreas do mapa, particularmente as da Deep Road, parecendo ter saído diretamente de art works tradicionais de games de fantasia.


Tramas intricadas: As origens de DA:O são mais que estórias criadas para mover você dentro do mapa.  Cada uma das histórias da trama o inserem em questões políticas e sociais que assolam o reino de Ferelden, todas com com complexidade crescente em importância conforme o avançar do game.  O embate entre o Bem e o Mal serve apenas como pano de fundo para   tramas políticas  complicadas, tensão racial, e conceitos de Moral versus as escolhas populares.

 Você deve ter amigos: Expandindo o excelente trabalho em torno dos personagens em títulos como Knights of the Old Republic e Baldur's Gate,  a BioWare mais uma vez nos dá um maravilhoso cast de personagens para lutar ao seu lado em lugares perigosos no game D A:O. Cada um dos seus personagens tem uma personalidade distinta, e enquanto eles podem ser simples cozinheiros, podem também se revelar complexos em suas motivações individuais durante o desenrolar do game.  Você viajará com eles em suas aventuras pessoais assim que avança na história, estabelecendo laços psicológicos e provavelmente se apaixonando por eles.  Cada NPC foi criado com grande cuidado e atenção aos detalhes - até os que tem papel limitado à apenas uma linha de texto num diálogo...

Muitas escolhas: Eu joguei todos os grandes títulos da BioWare, e apesar de no desenrolar da história  sermos obrigados a fazer escolhas difíceis o tempo todo, nenhuma  demonstrou ser tão profunda e impactante quanto  as que fazemos em DA:O. Eu regularmente  me deparei com escolhas que alteravam completamente a maior parte dos rumos do game. Reinos e povos inteiros são destruídos ou erguidos baseado em minhas escolhas. DA:O é definitivamente o tipo de game  que você vai querer jogar muitas vezes, apenas para ver como suas ações afetam a história.


"Falando" em DA: Um  script bem feito só funciona se for dublado de maneira competente, e a BioWare selecionou um time vencedor de dubladores em DA:O. Claudia Black faz um atrabalho de primeira dublando Morringan, e Steve Blue faz um dos melhores anões que eu já ouvi falando na pele de Oghren. Todos os dubladores fizeram  um trabalho espetacular, mas de longe o meu favorito é Steve Valentine como Alistair. Aliás, Alistair é um dos personagens mais maravilhosos presentes no game.


Espadas e feitiços: O combate em DA:O pode ser raso ou profundo, de acordo com a preferência do gamer. Você pode passar o game inteiro simplesmente controlando o seu personagem  e deixar os seus amigos reunidos para resolver seus negócios, ativando  special moves usando  a barra dupla de 3 slots localizada  no canto inferior direito da tela, que estará tudo bem. Para mais profundidade nos combates, você pode customizar o comportamento dos personagens manipulando a AI deles, selecionando táticas de batalha específicas de acodo com  uma gama enorme de situações.


Administração minuciosa dos personagens : Eu realmente adorei administrar minuciosamente meus personagens no game, desde o equipamento até os points de skill para maximizar os combates de forma eficiente. Ao longo do game você habilita especialidades que vão permitir a melhoria dos personagens posteriormente, focando  isso em aspectos particulares como habilidades de classes (como warrior, mage, rogue...). Armas encantadas com feitiços se transformam em armadilhas; esses são elementos de um bom RPG que me segura a atenção, e DA:O permite que você faça muitas coisas à sua própria maneira e ainda muito mais.


 Fora do Game: A BioWare foi além, criando a comunidade on line de DA:O, onde os gamers podem se comunicar, partilhar histórias, ou navegar em perfis de personagens para ver o quanto eles estão avançando no game. Desde que você tenha uma conta no site BIoWAre Social Network, você pode ver tudo o que eu tenho feito em D.A.:O. Skils, plot points, talents, equipment...está tudo lá. Isso faz do game mais do que apenas um "game", adicionando uma nova perspectiva à experiência, mantendo-a viva mesmo após o término da história.


 Contras:

Bugs por todos os lados:  O tempo que eu passei com a versão do PS3 do game não foi isento de problemas. De fato, minhas 40 horas com o game foram prejudicadas com glitches antipáticos que, quando não estão quebrando o fluxo do game play, atrapalham a experiência do jogador. Algumas animações de combates especiais são prejudicadas com tais glitches, e  frequentemente se observa os lábios do personagem se moverem enquanto não ouvimos nenhum diálogo. Em algumas poucas ocasiões se vê também polígonos quebrados em vez do personagem, durante os diálogos.  Eu também percebi que alguns monstros morrem e só depois de cerca de 30 segundos  a morte é registrada, prejudicando o desenvolvimento das batalhas. [...]

Frame Rate meia-boca: DA é um game bonito, mas quando você começa a se mover, as coisas ficam feias. Com apenas uns poucos personagens na tela, as coisas não ficam tão mal, mas quando você está em uma grande batalha, o negócio  é ruim. Quedas de frame rate imperam.


Ray Muzyka, da BioWare disse que DA:O seria o sucessor espiritual de Baldur's Gate. Eu iria mais longe  dizendo que  DA é uma evolução do conceito implícito em BG, quando falamos das mecânicas estabelecidas no clássico RPG para PCs, sendo estas atualizadas com o uso das tecnologias atuais. [...] A trama complexa que envolve escolhas políticas, morais e populares, transformam o fator replay  quase que infinito.

Talvez o maior testamento de DA:O é o fato que depois de eu ter jogado mais de 40 horas o game, ainda me encontro contemplando meu próximo personagem que usarei para transformar a história do game a próxima vez que  jogá-lo[...]"

Tradução livre realizada por Love.is.a.tragedY




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