segunda-feira, 12 de julho de 2010

The Time Line V: Fim de Semana Épico - A tribute to the present


Oi pessoal,

Tudo bom com vocês?! Espero que sim, pois comigo está tudo ótimo! Estavam com saudades de novidades no "Diário..."!?  Sim, eu sei! A Tia Love.is.a.tragedY sabe que vocês adoram o blog dela. Mas gente, me desculpem... mas ultimamente está complicado postar aqui. Eu tenho tido muitas coisas pra fazer no trabalho...e a política está chegando. Por um lado fico feliz, pois quanto mais trabalho... mais dinheiro pra gente! Por outro lado... a minha vida social desaparece! 

Mas é assim mesmo: e não se preocupem que eu não esqueço nunca esse espaço aqui. E viram, pra compensar minha ausência da semana passada preparei um texto novo para a Time Line! Bom, vocês devem saber que eu sou uma garota épica, certo!? Ééééé! E o meu fim de semana foi épico! Foi legal demais! 

Agora, se vocês querem saber o que foi que eu andei aprontando, continuem lendo!

Sábado  me dediquei a fazer o que gosto mesmo! Deixei de lado arrumação da casa, faxina...tudo ficou bagunçado...dei meu grito de independência! Resolvemos (eu e o namorado) ficar de bobeira...vendo filmes...comendo besteiras de microondas pré-prontas e outras guloseimas amanhecidas (como pizza gelada do dia seguinte) e claro... jogando games! Muito games!
E foi assim: sábado de manhã  acordei cedo... mas apenas pela força do hábito. Acho que umas seis horas da manhã. Enquanto o namorado dormia, fiz minhas preces à Paz...  fui na geladeira e tomei um copo com água, dei uma passada no boteco... nada de interessante. Comecei a pensar na bagunça que  em que a casa se encontrava. Por um momento quase me decidi em dar uma geral na cozinha e na sala. Mas uma voz dentro de mim dizia...

"Deixa isso pra lá. Você se cobra muito. Não pode dar conta de tudo. Volte a dormir..."

Namorado sempre me diz isso. Quando chego do trabalho, e começo a "bater panela na cozinha" lavando a louça sempre ouço coisa do tipo.  É verdade, tenho uma certa propensão à limpeza. Gosto da casa arrumadinha, organizada. E sofro às vezes  por ela não estar arrumada do jeito que eu quero. Quando fiz terapia, um dos temas de debate entre eu e o Psicólogo era esse. Eu sei que melhorei muito em relação à mimnha mania de limpeza. Sábado foi um dia que dei mais um passo a frente rumo à minha libertação. Sim, eu não fui arrumar "nada de coisa nenhuma." Olhei para a cama. Olhei para o namorado roncando. Olhei para o meu travesseiro. Voltei a dormir. Por pura vontade de transgredir a minha mania antes incontrolável. Por puro prazer de dormir....

Quando acordei, namorado já estava de pé. Falando de coisas que não me animam nem um pouco. Copa do Mundo.  Pois pra mim é simples: Brasil eliminado a Copa acaba. E com ela minha paixão por futebol. Que aliás nem existe. Só me interesso por futebol de dois em dois anos. Durante a Copa do Mundo e durante as Olimpíadas. Enquanto pensava no que íamos comer no café, almoço... lembrei do que havia ouvido silenciosamente nos meus  ouvidos pela manhã bem cedo. Reconsiderei minhas decisões sobre as locubrações em meio ao tagarelar frenético do namorado ( e ele sempre faz isso... quando gosta de uma coisa fala comigo milhões de palavras  sem antes perguntar se eu pelo menos gosto do "subject"... isso é coisa bem típica dos homens...rsrsrs!).  Por fim, enquanto o namorado falava sobre a expectativa dele para com a bendita partida entre Uruguai e Alemanha (onde os nossos hermanos perderam de 3 a 2 ...) eu o interrompi abruptamente:

- ..... tomara que a Alemanha perca de golead....

- Eu não estou afim de fazer nada hoje!


- Hãm!??


Namorado me olhou meio assutado. "Do que você tá falando?! - perguntou. Repeti o que ouvi de mim mesma pela manhã cedo. "Não posso dar conta de tudo..." falei olhando um ponto fixo na parede do quarto. Rapidamente saí do meu transe e olhei para ele sorrindo. Ele então sorriu também e disse: "mas eu não te entendi. Mas tudo bem, o que quer seja...apoio!"

Corri para a cozinha, abri a geladeira e peguei a pizza da sexta de noite do P*** P**** e voltei ao quarto mostrando-a. Enquanto ria, disse: é o nosso café da manhã, e com Nescau (adoro...hummmm... *__*) ! Ahah! Namorado balançou a cabeça em afirmativo e disse rindo que por ele "tudo bem!"

Durante a parte clara  do sábado , ficamos deitados... com o ar condicionado ligado ... assistindo filmes. Começamos com "A Lenda" de Ridley Scott. Se o reino encantado da Princesa Lili existisse certamente ele seria um possível destino para as minhas férias de 2010. Um desbunde visual (mesmo para a sua época ) - A Lenda - desperta em mim sensações adormecidas por conta do caminhar da vida, e que por vezes voltam à tona para talvez me lembrar que um dia não pertenci a esse mundo como o conheço hoje. Fantasia, Paz e Amor Perfeito. Entre tantas palavras conhecidas em nossa língua, consigo definir assim tais sentimentos toda vez que assisto  essa pérola do diretor do seminal Blade Runner - O caçador de andróides. Enquanto assistíamos o filme  mais uma vez eu era envolvida pela trama imortal que envolve o herói Jack ( interpretado por um pueril e ainda quase anônimo Tom Cruise ), sua amada Princesa Lili (Mia Sara, a namoradinha do icônico Ferris Bueller de Curtindo a Vida Adoidado)  e o Senhor das Trevas  (Tim Curry... irreconhecível)  no embate  atemporal entre as forças do Bem e do Mal. O último casal de unicórnios das terras encantadas -  símbolo máximo da pureza e inocência - está ameaçado. O Senhor das Trevas intenta estabelecer a escuridão perpétua no reino iluminado e protegido pelo Poder do Bem que emana do chifre desses animais sagrados. Seus asseclas -  três  duendes  infernais- são comissionados para a malévola tarefa de capturá-los e arrancar seus chifres para que as sombras possam de uma vez por todas prevalecer sobre a luz. E na incumbência de impedir a destruição do seu mundo, Jack se aventura rumos às profundezas do mundo demoníaco do Senhor das Trevas contando com ajuda de outros habitantes fantásticos como fadas e faunos.

Vida boa...hummm!

O trabalho impecável de figurino e maquiagem aliados à criação convincente de um mundo fantástico através de efeitos especiais surpreendentes (até mesmo para nossa era de efeitos digitais!) torna o ato de assistir "Lenda" um  prazer visual indescritível.  Como sou muito emotiva, todas as vezes que revisito esse filme...vou às lágrimas. E sábado não foi diferente. Assisti a “Lenda” me recordando de momentos da minha infância, quando eu tinha ainda a companhia constante de Adúrio e acreditava que o mundo se resumia ao nosso condomínio. As tardes de brincadeiras com meus amigos, onde eu fingia ser uma Princesa Lili prestes a se transformar em Rainha das Trevas. E que ansiava pelo seu amado Jack. Aventuras que aconteciam apenas na minha cabeça de onze anos, e que produziam uma alegria por participar de invenções tão reais que por vezes me deixavam confusa sobre a certeza de sua veracidade.

Com essa sensação, terminei de assistir o filme. E como uma coisa puxa a outra, após uma breve pausa para o “almoço”(que foi bolo de banana comprado na padaria na última quinta-feira com coca-cola) resolvi tirar uma pestana. Namorado ia ficar de sentinela vendo o jogo. Quando acordei, já eram mais de 16 horas e tive vontade de ouvir música. Algo épico. Bem épico. Fui à minha coleção de CDs e busquei o álbum que considero o mais antológico do Blind Guardian: Nightfall in Middle – Earth. Disco de músicas inéditas lançado em 1998, foi inspirado no livro do famoso escritor inglês J.R.R. Tolkien :”O Silmarillion”, obra póstuma sintetizada pelo seu filho Cristopher Tolkien  e lançado em 1977. Duas obras de Arte. “Nightfall...” caiu em minhas mãos em uma época conturbada da minha vida e me ajudou a escapar do sofrimento contínuo por conta de certos acontecimentos ruins. Como sempre fui muito imaginativa, (e já havia lido uma versão em inglês do livro de Tolkien que o R****** me havia emprestado escondido do pai quando estudávamos juntos) “via” as imagens pintadas pelas músicas contidas no álbum. Os acontecimentos da primeira Era a cada audição do álbum ainda saltam à minha vista quando fecho meus olhos.

"Lord of all Noldor, a star in the night and a bearer of hope, He rides into his glorious battle alone, farewell to  the valiant warlord…"

You've troubled my day...

A pequena bridge em forma de antífona coral construída sobre motivos rítmicos militares que liga os versos ao refrão da canção de batalha “Time Stands Still (at the Iron Hill)” me fazem sentir arrepios ao imaginar a magnitude do confronto entre Fingolfin  - mais nobre e imponente rei da linhagem dos Noldor e senhor das terras de Beleriand – e Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro que se estabeleceu na Terra-Média. Ao ver a ruína certa se estabelecer ao cerco centenário dos Noldor frente às terras de Angband na fatídica Dagor Bragollach o meio irmão de Fëanor se lançou a uma jornada sem volta rumo à auto-destruição. Ouvindo essa música de olhos fechados pude mais uma vez visualizar a ida desesperada de Fingolfin às portas da fortaleza negra com seu cavalo Rochallor para sua derradeira e gloriosa batalha. Seu sofrimento e dor, apesar de todos seus esforços e bravura por ter lutado destemidamente com sua Ringil foi infrutífero na medida em que sua vida foi sacrificada inutilmente, pois mesmo tendo ferido por sete vezes Morgoth (além de ter cortado seu pé) não foi páreo para a força sobrenatural da criatura mais poderosa de Arda.

“The Elvenking's broken, he stumbles and falls. The most proud and most valiant, his spirit survives. Praise our king, praise our king….”

Now feel the pain...

 E com a terra em ebulição e em meio a enxofre, fogo e fumaça negra... o mais valente  Alto-Elfo da casa dos Noldor sucumbiu debaixo dos pés do Senhor do Escuro sob a força do seu martelo...

Já eram cerca de 19 horas quando parei de ouvir música. Namorado  dormia. Resolvi assistir mais um filme. Qual seria? Na minha videoteca o que mais tem é filme com temas épicos. Depois de pensar bem pouco no assunto, me lembrei de uma película do gênero que sempre me faz ir ás lágrimas quando a assisto: O Feitiço de Aquila. Lançado em 1985 sob a direção de Richard Donner (experiente diretor blockbuster que também assina Superman II,a franquia Lethal Weapon, Os Goonies entre tantos outros). O roteiro engenhoso e atemporal de Edward Khmara (que trabalhou também no clássico espacial “Enemy Mine”) é o moto especial que me leva à grandes emoções toda vez que relembro do drama do Cavaleiro Ettiéne de Navarre (Hauer – o replicante malvado de Blade Runner) e Isabeau d’Anjou (a multiplatinada Michelle Pfeiffer). Enclausurados num eterno desencontro de seus corpos físicos por conta da malévola maldição do Bipo de Áquila (John Wood- que faz parte do elenco do festejado longa Chocolat – de 2000) que  transforma Navarre em um lobo durante a noite e Isabeau em uma águia durante o dia, o filme conta uma irresistível estória de amor cortês, honra e superação. Com a ajuda do larápio “Rato” (Matthew Broderick  - Ferris Bueller em carne e osso) e o goliardo Imperius (encarnado pelo saudoso Leon McKern) o casal enfrenta muitos perigos na sua jornada em busca do fim do mordaz feitiço até o confronto final com o Bispo de Áquila. 
 Ah! O Amor!

Uma coisa pra mim bizarra e ao mesmo tempo interessante de “O Feitiço de Áquila” é a sua trilha sonora. Realizada pelo cultuado produtor Alan Parsons, e indicada a alguns prêmios quando o filme foi exibido nos cinemas... na minha opinião ela é de uma breguice sem limites em relação à temática do filme. Chega a ser engraçado assistir trechos do filme onde a fotografia se sobressai de forma soberbamente lírica ao som de uma trilha sonora bem no clima de “treinamento do Rocky Balboa”(!?). Permeada por teclados e sintetizadores (seguindo à risca a receita do Alan Parsons Project) a trilha sonora é o contraponto nonsense à toda  beleza construída pelo os outros excelentes atributos que o filme possui.

Taqueparêow...

 Quando terminei de assistir o filme, namorado já tinha acordado e conversamos um pouco. Enquanto mudava os canais na televisão, pensava no que fazer para preencher o resto do sábado. O dia havia sido preguiçoso até aquele momento, mal havíamos caminhado do quarto para a cozinha, e apenas com o objetivo de beber água e comer alguma coisa.  Mas estava tudo tão bom! Rapidamente minha mente me levou ao dia em que conheci meu namorado. Ao dia em que cheguei aqui no A******* e todas as dificuldades que enfrentei e as tristezas. As alegrias. Tudo ao mesmo tempo, e com direito a turbilhões e rompantes de acontecimentos ora ruins, ora felizes. Enquanto estava deitada na cama com os olhos fixos no teto do nosso quarto, falava de coisas que nem sabia do que se tratava com meu namorado, pois esses pensamentos de repente povoaram minha cabeça. Em poucos minutos, eu já estava “a mil”.  Foi quando me lembrei de algo muito legal que poderia fazer: jogar vídeo game! Rsrsrs!

“Mas antes vou fazer pipoca de microondas!
” – pensei. Perguntei do namorado se ele queria comer pipoca. “Sim” – ele respondeu.

Fui fazer a pipoca...

Depois de termos acabado um “balde” cheio de pipoca quentinha e com manteiga ( I Love it! ) liguei o PS3 e fui ferver no game Demon’s Souls. O studio japonês From Software surprendeu o mundo quando em 2009 se associou com a Atlus e a Sony Computer Entertainment  para lançar um Action RPG nos moldes ocidentais do gênero. Mais surpresos foram os gamers ao se depararem com um game riquíssimo em sua história e com um desafio assombroso até para os mais veteranos que beberam na fonte da era 8 bits. Em Demon’s Souls você faz parte de dois mundos: o real e o sobrenatural. Sim, você encarna a derradeira esperança dos poucos sobreviventes do decadente Reino de Boletaria que foi tomado pelas brumas negras do Demônio. Em tempos imemoriais - no segundo dia da Criação – o alma devoradora do Old One trouxe caos e destruição às Terras do Norte, provocando a morte da metade da humanidade. Para impedir a sua devastação completa, os Monumentals se uniram para banir a ameaça demoníaca de volta ao seu sono nas profundezas da terra. Por fim dividiram o Reino de Boletaria em seis regiões confinadas à seis Archstones com o intuito de reconstruir  Boletaria ordenadamente. Interligando cada parte do reino, confinaram as Archstones a um lugar sobrenatural: o Nexus. Morada de todas as almas desencarnadas e que clamam por seus corpos, o Nexus é o ponto de partida de nossa aventura no game pois milênios se passaram desde o restabelecimento da Paz em Boletaria, até a loucura se apoderar do mitológico Rei Alant XII e ele despertar o Old One para trazer prosperidade à Boletaria. Em vez disso, mais uma vez foi lançado sobre a Terra um veneno mortífero e as brumas negras se alastraram novamente...

 *_*

Com esse argumento poderoso, iniciei minha aventura em Demon’s Souls. Minha caçadora de demônios - uma ladina – já possui mais de 50 horas de aventura. Vasculhando ruínas de castelos, pântanos putrefatos, cavernas subterrâneas, florestas ressequidas... busco redimir cada parte de Boletaria, para confirmar as profecias de Saint Urbain e trazer de novo a Paz. Já restabeleci a ordem no Stonefang Mines e derrotei o Dragon God. Agora estou me aventurando nas ruínas do Boletarian Palace, tomado por dragões e guerreiros que lutam contra os Black Phantoms que tomaram conta do lugar. No trecho 1-4 (onde estou) a batalha está se avolumando mais e mais. Após derrotar o Tower Knight e o Penetrator (outrora heróis de Boletaria que foram devorados pelas brumas sufocantes transformando-os assim em demônios), só me resta destruir o False King Allant para libertar essa parte do reino....

Após três horas de jogatinas encerrei minha aventura em Boletaria no sábado. Aliás, um sábado épico. Fui dormir satisfeita e exausta ao som de Luar na Lubre: A Barca de Pedra.  


"Ben o poidera ter de ouro
Nosa Virxen si quixera.
Nosa Virxen si quixera.
ai la le lo, ai la la lo"

Melhor, impossível.

2 comentários:

  1. Correção: Richard Donner assinou somente SUPERMAN I!!!

    SUPERMAN II foi Richard Lester quem levou os creditos, pois o Donner foi despedido antes de concluir as filmagens (Já possuia 75% das filmagens). Lester, teve que refilmar 51% do filme, para poder ser creditado...

    Em 2006, a atual detentoras dos direitos do Super, resolveu lançar uma versão com os 75% já pronto do Donner, mas foi só um caça niquel e para os fãs, pois é algo bem incompleto e usando filmagens de testes, para preencher as lacunas.

    E vê se para de falar olhando pra parede!! [:d]

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  2. Pow, Jay é verdade...esse Superman foi o Director's Cut de 2006. Já vi até em Blu-Ray pra vender.
    _________________


    Mas ha! Deixa eu olhar pra parede, vai! É mania minha...rsrsrs!

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