quinta-feira, 3 de setembro de 2009

The Time Line II- Os mitos, os doritos e os benditos!

Você é mitológico? Já parou para pensar nisso? Se não, uma boa idéia seria começar a cogitar a possibilidade. As regras: se você cantarola o dia todo "The Village of Dwarves" do Rhapsody ou algum tema do Kratos. Se você é fã do Conan, Tolkien, Marion Zimmer Bradley ou similares menos cotados. Se você conhece de cabo a rabo as histórias do Olimpo, de Asgard, e do panteão romano... você é mitológico! Não sei se toda criança cultiva alguma inclinação de gosto por temas como deuses, castelos, príncipes e dragões... e tudo que envolva o assunto. Esses dias eu andei pensando nessas coisinhas básicas. Será que em algum ponto da minha vida, tive uma iniciação “inconsciente” ao mundo maravilhoso do universo paralelo dos heróis fantásticos que sempre salvam o Reino das Forças do Mal? Ou como um mito, eu já nasci mitológica? Sim, leitores desocupados desse espaço esquizofrênico, a Tia Love.is.a.tragedY foi revirar seus arquivos do fundo do baú e encontrou as respostas para o Mistério mais bem guardado que o dia do Ragnarok: serei eu mesmo mitológica? Vamos investigar viajando para onde tudo começou, voltando no tempo da nossa time linEEEEEeeeeee... [/efeitos visuais e sonoros simulando uma viagem estelar]

Voar, voar! Subir, subir!

Eu tinha dez aninhos. E era uma tarde de quinta-feira. Nessa época, estava me virando com Super Mario Bros e Cia no meu NES. Encantada com aquela música em mid hipnotizante, e toda a psicodelia do mundo mágico do encanador italiano mais famoso do planeta. Eu conhecia um menino que morava num bairro vizinho próximo ao nosso, ele sempre ia lá no conjunto habitacional onde eu morava com meus pais, brincar com a nossa turma. Tinha um NES também (mas espere aí, estou fazendo um cálculo nesse momento, meus outros dois vizinhos tinham NES, mais três também...etc...etc...nossa...agora que me dei conta, nada menos que oito amigos nessa época tinham o Nintendinho!Rs!) e nessa época, a troca de jogos “emprestado” reinava absoluta no meu mundo gamer. Na referida quinta-feira, um funcionário do meu pai que fazia a segurança de casa avisou minha mãe que tinha um menino quere ndo falar comigo. Fomos eu e ela ver quem era. E da vidraça eu reconheci ele: “é F****, mamãe!” Toda vez que F**** aparecia, sabia que ele traria alguma novidade para jogar! Então ele entrou, conversamos um pouquinho, e me mostrou um cartucho de um jogo que eu nunca havia ouvido falar antes (internet!? Hammm, é de comer?!): “The Battle of Olympus” - Eu li no encarte. Fomos então jogar. Fiquei enlouquecida com o game! Era fantástico! Não entendia nada, aqueles textos em inglês... mas a música me cativou, os gráficos! Uma nova dimensão se abriu para mim, e eu já me via vestida de Helena, sendo salva das garras de Hades por Orfeu.

Roteiro de férias de um ser mitológico

“The Battle of Olympus” é um RPG-Adventure desenvolvido pela Infinity. Foi lançado pela Imagineer no Japão com o nome de “Olympus no Tatakai: Ai no Densetsu”, em 28 de Março de 1988. Nos EUA, é lançado dois anos depois, pela Broderbund. A história do game é calcada no mito de Orfeu (dããããã!!! Já tinha dado a pista no parágrafo aí em cima!). No game, o nome do herói é dado por nós mesmo. Nosso objetivo é salvar nossa amada das garras do Príncipe do Escuro, Hades. Para isso contamos com a ajuda dos deuses do Olimpo, que nos presenteiam, com itens mágicos (sim, alguns também nos vendem, rs!) que nos ajudarão a enfrentar os desafios que estão espalhados pelas cidades estados gregas Arcadia, Atica, Argolis, Peloponeso, Laconia, Phthia, Creta, Phyrgia, Tartarus. Monstros mitológicos, como a Hydra, Medusa, o Minotauro... cavernas, palácios, cidades. Está tudo lá. Uma aula para quem quer aprender mitologia da melhor maneira: jogando! Uma coisa que tenho que dizer aqui: agradeço ao game. Foi ele que me fez iniciar meu aprendizado no inglês. Para entender aquilo tudo, passava mais tempo vendo no dicionário Michaelis de quatro volumes que meu pai tinha em casa (eu furtei ele, e trouxe comigo, quando vim morar no A****) o significado das palavrinhas em inglês (ainda bem que não era grego clássico, rs!), que jogando mesmo! Mas valeu a pena, cada hora investida em diversão, cultura. A mecânica do jogo é semelhante ao injustiçado “Zelda II – The adventure of Link. RPG-Adventure em estilo plataforma side-scrolling. Passwords para gravar seu progresso. Você coleta olivas (a moeda do game) e itens, você pula, acerta os inimigos com sua arma... É óbvio que o game emprestou o formato do quase clássico da Nintendo, já que “Zelda II...” foi lançado um ano antes. Game obrigatório para quem é fã do gênero!


Ainda revirando manuscritos empoeirados com bactérias adormecidas do tempo dos Faraós, caminhemos nove anos para trás na nossa time-line, e vamos encontrar também uma pista: o filme “Clash of the Titans, de Davis. Contando o mito de Perseu, com efeitos especiais eletrizantes em stop motion (o responsável: Ray Harryhausen – o mestre responsável pelos efeitos de Simbad and the Eye of the Tiger de 1977, Jason and the Argonauts de 1963), temos Hamlin na pele do protagonista em sua luta pelo amor de Andrômeda (Judie Bolker) e contra as artimanhas da deusa Tetis (Maggie Smith). Está tudo lá também: a medusa, o titã (que no filme curiosamente se chama Kraken), pegasus, e etc. Outra aula de mitologia que pode ser aprendida da melhor forma possível: curtindo a película! Além dos meus papiros, minhas lembranças foram também das Sessões da Tarde que eu assistia “muito gripada” esse ótimo filme. O máximo era comer Doritos vendo o Perseu decepando a cabeça da Medusa! Huh!

*______*

E por fim, entramos de novo no túnel do tempo, para encontrar a pedra angular que é a chave do mistério: viajando dezessete anos à frente, rumo a 1998. “Twlight of Olympus” é o álbum. “Dream On, do you believe all the things that you're seeing are true…the start's where the end's leading you…” é o refrão de uma das músicas mais lindas já criadas pelos norte americanos do Symphony X. Through the looking Glass, pérola mitológica do metal progressivo. Climas e anti-climas. Variações constantes de compasso, teclados viajantes. Guitarras extremamente bem tocadas. Baixo audível é técnico. Bateria de entortar o juízo. O Symphony X a essa altura já estava despontando como grande banda desde o antecessor “The Divine Wings of Tragedy”. “Twilight of”... foi produzido por Erich Rachell e Steve Evetts ( Steve já trabalhou com bandas como o Sepultura). As gravações aconteceram num clima de incertezas, pois tanto o baterista Jason Rullo quanto o baixista Thomas Miller (amigo pessoal de Michael Romeu) tiveram que se afastar da banda por motivos pessoais, sendo substituídos por Tom Walling e Michael LePond, respectivamente.

Mitológicos (by PhotoShop)

A confusão acontecia lá pelas bandas dos EUA e também pelas bandas do B****. Eu tinha já meu dezenove anos. Minha vida estava num rebuliço. Perdida, como sempre fui, pensando o que faria de mim mesma. Se seguiria estudos musicais, se queria estudar línguas. Desentendimentos com meus pais. No meio disso tudo, essa trilha sonora maravilhosa me embalando durante o dia e a noite. Uma das coisas que me salvou do furacão que foi viver dos treze aos vinte anos, foi a Música! E benditos sejam os meninos do Symphony X por presentearem os fãs com um álbum tão poderoso!
Russel Allen Mitológico!? (face the truth)


O veredito... após viajar era e anos, vasculhando reinos e castelos... conversando com deuses, semideuses, heróis, criaturas fantásticas e demônios, cheguei à resposta: sou mitológica! Aliás, sou um mito! E você?

2 comentários:

  1. Obrigado, me lembrou que tenho que fazer de tudo para completar minha coleção de Conan O Barbaro e Conan O Cimerio!!

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  2. Eu disse la na comunidade que minha interpretação é uma merda mas o orkut me bloqueou de novo...rsrsrs
    Eu não fiz aquele meu comentario aqui, pq foi muito ousado, e la eu tenho mais liberdade.

    Buenas, Jasão e os Argonautas (1963), Helena de Tróia (1955), entre as series Hercules, Xenas e até mesmo aqueles contos da Biblia é que me fizeram apaixonar pela mitologia.

    Atualmente estou envolto a Mitologia Nordica, a qual nunca fui de ler.

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