segunda-feira, 14 de março de 2011

Metroid:Other M : Análise!

Oi pessoal,


Esse fim de semana aproveitei pra jogar um game que estava encostado já tinha muito tempo no HD do meu Wii: Metroid: Other M. O game realizado pelo Team Ninja já me decepcionou muito antes mesmo de jogá-lo. E como são as coisas, ein... 

 

Jogando ontem o game o dia todo [sim realizamos uma maratona "Other M" em casa"], já tive impressões bem melhores em relação  às dos  inúmeros reviews que li a  respeito. Aparentemente Metroid: Other M é uma  experiência maluca da Nintendo que "testa" caminhos alternativos para a franquia de Samus & Cia.Até agora o resultado não me pareceu dos melhores. Mas está [pelo menos por enquanto] longe de ser totalmente decepcionante. O ponto chave que destacaria como sendo o calcanhar de aquiles de " ...Other M" é justamente o que mais foi alardeado para gerar hype em torno do game: sua narrativa.

Apesar da riqueza nas estórias que englobam todo o universo de Metroid, as mesmas sempre foram tratadas como aspectos meramente coadjuvantes em relação ao fluxo  de ação do game play da franquia. O  fator "exploração" sempre foi a espinha dorsal de todos os games da série juntamente com a fórmula "perca todos os itens para depois encontrá-los x recompensa de abertura de novas zonas nos mapas". Bom, isso foi eliminado em grande parte em ... "Ohter M".

 I had a dream...

Em detrimento de seus sustentáculos consagrados, a nova aventura de Samus se apóia na rigidez narrativa que acaba engessando a liberdade exploratória tão prezada pelos fãs da franquia. Para piorar, esta é reforçada pelos intermináveis corredores que devem ser percorridos ao longo das fases... e a exploração se reduz a encontrar itens no cenário [que já são indicados diretamente no mapa] e nos momentos em que é necessário o uso da visão em primeira pessoa.

E de uma maneira totalmente inconsistente... Samus... antes símbolo do heroísmo feminino gamer ... em "Other M"  é apresentada como uma mulher servil... a um comandante das Forças Intergaláticas [da qua ela um dia fez parte]: Adam Malkovitch. Tudo bem... Adam representa para Samus a autoridade familiar que ela não teve por se tornar orfã quando criança. Tudo bem... ela nutre profundo respeito por ele. Mas o maior erro de "Metroid: Other M" tentar  justificar a sua linearidade é explorando tal aspecto do enredo. Sob as ordens de Adam, Samus constantemente é impedida de utilizar suas armas ao longo do game.O absurdo chega a ser imenso ao se pensar no que não fica claro em nenhum momento: por que raios Samus [ caçadora de recompensas independente] que se encontra acidentalmente com uma patrulha da Força Intergalática em Bottle Ship deve simplesmente se juntar ao grupo para realizar uma investigação sobre ordens didatoriais do seu comandante? Apenas por que ele [Adam] tem relações afetivas com Samus? Tal argumento de maneira nenhuma transparece razoável e soa como um chute no estômago dos fãs da franquia.

What...!?

E esse é o primeiro impacto sofrido pelo gamer experimentado no universo de Metroid. O segundo diz respeito às novas mecânicas de game play adicionadas pelo Team Ninja. Samus agora combate os inimigos com esquivas e finalizações mil. Sim, Metroid: Other M ... para o desespero dos fãs... se transformou em um game de ...ação.Tal linearidade deveria ser compensada de alguma forma... e os produtores do game resolveram focar seu  game play em tal ponto. Samus é ágil e sagaz durante as lutas contra os monstros que infestam os cenários do game, e isso produz lutas épicas contra os chefes de "... Other M". Nada mais que justo para qualquer episódio da maior  heroína da BigN.

Por todas as características já citadas, "... Other M"  não deveria ser encarado como uma incursão séria na mitologia da franquia. Esse é o primeiro pressuposto para se curtir o game em sua plenitude. Sim, porque como game de ação ele funciona de forma eficiente. A engenhosa alternância  entre a visão em primeira pessoa e a visão side scrollin' dão um dinamismo singular à ação[principalmente nas lutas contra os chefes] ... e o ritmo frenético de combates [Samus se esquivando e finalizando os inimigos parece uma ninja! @_@] aliado  à dificuldade [sim, o game é difícil...]  demonstram-se ingredientes perfeitos para a proposta contida no game. Além disso, a fluidez com que o Team Ninja sincronizou os momentos de animações pré renderizadas com o game play "enche" os olhos e produz curiosidade ao gamer em querer saber a todo momento "o que acontecerá em seguida". Metroid: Other M é bonito de se ver e agradável de se jogar. Não tão interessante de se ouvir.

 Tatsumakisenpuukiaku!!!!!

Apesar da competente dublagem, a sonorização não encanta. Uma música ambiente discreta se mistura ao silêncio sepulcral que muitas vezes destaca apenas os belos efeitos sonoros do game...  reforçando a violência de uma Samus "ninja" que busca descobrir os mistérios que assolam Bottle Ship. Usual da franquia? Nem tanto, afinal "Metroid" é conhecida também por ótimas músicas que beiram o psicodelismo orquestral [a triologia Prime que o diga...].

Assim é Metroid: Other M. Polêmico e dinâmico. Vale experimentar. Mas por favor Nintendo, devolva a franquia ao Retro Studios. Pelo conjunto da obra, eles merecem. Team Ninja... nunca mais.

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