terça-feira, 15 de junho de 2010

E3 2010 :Balanço da Conferência da Nintendo

Olá pessoal,

tudo bom com vocês?! Espero que sim! Hoje foi um dia de muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, não é?! A correria no trabalho triplicou, pois só tivemos meio expediente apenas por conta da estréia na copa do mundo… que aliás foi com vitória! Olha, eu confesso a vocês que não sou nem um pouco fã de futebol, mas quando se trata de gam…ops…jogo do Brasil valendo alguma coisa eu fico muito patriota, sabem!? Gritamos muito em casa… namorado, amigos, cerveja…foi muito legal!

Então, mas hoje tivemos a conferência da Nintendo. E eu não pude acompanhar pela manhã no trabalho, infelizmente. Acabei de assistí-la em vídeos espalhados pela net. E é sobre isso que eu quero conversar com vocês… como sempre, se vocês tiverem paciência, me acompanhe e vamos lá!

Hoje pela manhã, como sempre acordei bastante cedo. Seis horas da manhã. Como vou com o namorado para o trabalho (e por um acaso trabalhamos no mesmo lugar) é tudo simplificado. É acordar, comer alguma coisa e sair antes que o trânsito fique ruim. Eu costumo acordar,elevar meus pensamentos à Paz, e depois disso ligo o som em alguma música bem etérea (como Enya) e vou me arrumar e ajeitar algo pra comermos. É interessante dizer, que hoje não tive vontade de escutar Enya. Na verdade, tive vontade de ouvir algo que me lembrasse algo dos meus tempos de moleca. E pra mim, ouvir rock dos anos 80 me leva imediatamente aos meus onze anos. Peguei meu cd do Lobão ao vivo no Rock’n’Rio, e deixei rolar no play. Com a música “Me Chama” tomamos café, e rumamos para o trabaho.

Durante a manhã muito trabalho. O meu pendrive inseparável com meus mp3 foi direto para o meu PC do trabalho e selecionei mais bandas do rock brazuca anos 80. João Penca, Léo Jaime, Inimigos do Rei, Dr Sylvana, Legião Urbana, Blitz… e tome trabalho. Nossa, como eu estava instintivamente nostálgica! Arrumei um tempinho pra publicar o meu texto sobre a conferência da Microsoft, com um aperto no coração por saber que não daria pra assistir a da Nintendo. Ao meio dia, estava todo mundo louco no trabalho. As portas se fecharam, todo mundo se despedindo às pressas… por fim, saímos. Eu e o namorado mais alguns amigos do trabalho, já vestidos de canarinhos (fomos todos trabalhar com a verde amarela…rsrsrs!) tomando o rumo de casa. Prontos para enfrentar o trânsito infernal. Paramos numa loja de conveniência e compramos cervejas, Doritos… lasanha de microondas. E tomamos o camino de casa…

De tarde. Um olho no jogo do Brasil, o outro na tela do lap (afinal, a conferência da Sony era no mesmo horário..). Final de tudo. Brasil venceu. A Sony…bom, leiam o outro texto que em breve estou publicando aqu…rsrs!. Depois de muita gritaria e algumas cervejinhas, foram todos para suas casa, e finalmente fui descansar. Peguei meu I-Pod e fui ouvir algumas músicas pra relaxar. Mais rock anos 80. “E depois, a luz se apagou, e eu não consigo mais ficar sozinho aqui…etc…”

Altos cochilos…acordei não tem muito tempo, e fui finalmente me informar sobre a conferência da Nintendo. Ao som de Lobão escrevo esse texto…

O ano era de 2008. E o evento também era a E3. Após terminar de assistir a conferência da Nintendo em um cyber, meu sentimento era de pura lástima. Vergonha alheia. Com o mercado nas mãos, e possuidora de franquias emblemáticas que construíram uma geração de gamers fanáticos ( no qual me incluo) desde os tempos do NES, todos esperavam que a empresa de Reggie Fils Aime e Satoru Iwata mostrasse ao mundo um retorno ao foco que a consagrou. Entretando, com o desenrolar de sua conferência ( com direito a Dunaway dando gritinhos forçados para tentar transmitir emoção ao jogar o Shaun White Snowboarding e Miyamoto mostrando Wii WTF Music..só para citar dois acontecimentos estapafúrdios) percebeu-se que a gigante japonesa do entretenimento estava naquele momento de sua trajetória se enveredando cada vez mais e mais pelos escusos caminhos do cenário gamer descompromissado.Wii Sports Resort, a evolução do paradigmático demo game Wii Sports…parecia sepultar todas as esperanças dos tradicionais fãs da empresa…

Enfim dois anos se passaram. E é com um sorriso enorme que penso no que deve ter sido assistir tal conferência ao vivo. Sim, imagino cada jornalista que cresceu profissionalmente junto com a indústria. Que acompanhou todas as gerações de games. Assistir a conferência da BigN teve um “quê” de triunfo sobre o fiasco que foi a de 2008. E que talvez aponte para o que finalmente esteja planejando.

Num clima de puro revival, a conferência transcorreu em uma sequência de apresentações que mesclavam a tensão de se observar ainda as limitações das tecnologias que são empregadas nos controles de captação de movimentos e o brilho de se ver tesouros escondidos que fazem qualquer fã saudoso de tempos áureos de décadas passadas da empresa de Mario & cia. O novo Zelda levou fãs do céu ao inferno em apenas segundos. Sim, controles falhando trouxeram apreensão e constragimento para todos os presentes. Afinal, suas mecânicas de game play evoluídas às últimas consequências tendo como contrapartida a falta de respostas efetivas à contendo poderiam ser o indicativo certeiro que apresenta os limites que a tecnologia está até o presente momento? Ou tudo aquilo não passou de um infortúnio caótico abjeto do simples acaso? Fato é que apesar do que já sabidamente notório em relação ao que é funcional e não para os controles do console da Nintendo, durante a conferência viu-se um cuidado com a sua audiência expandida. A grande parceira da Nintendo responsável por despejar títulos dessa estirpe –a Ubisoft –foi homenageada com a demonstração de Just Dance 2. E a própria Nintendo, contrariando as palavras de Miyamoto, inseriu o icônico Mario em mais um party game: Mario Sports Mix.Assim como também viu-se o universo do Reino dos Cogumelos imerso em partidas de hockey e volei e até basquete se juntar à nova reunião da dimensão dos Miis, pois afinal foi mostrado mais um game que deve reunir as potencialidades (e limitações do binômio Wii mote/nutchuck). Seu providencial nome: Wii Party.

Se por um momento, meu coração bateu acelaradamente já adiantando o mau pressentimento que lembranças passadas evocaram ao ver a tríade Just Dance 2, Mario Sports Mix e Wii Party..logo seu ritmo foi alinhado com o que se viu em seguida. Um novo 007 Golden Eye – o FPS cult do Nintendo 64 foi apresentado com direito a gritos e delírios dos que assistiam a conferência. De um sobressalto, percebi o que estava acontecendo naquele instante. Seria esse o retorno às origens que todos os donos de Wii esperavam? Após sintomas de vertigem, comecei a suar frio e me deliciar com associações instantâneas entre lembranças e o mundo psicodélico de Epic Mickey. Suas mecânicas variadas, seu colorido lúgubre com toques flower power me fez buscar obsessivamente as memórias de um passado em que desbravava reinos de bruxas e castelos escuros em busca de uma Minie desaparecida. Sonhos e mais sonhos foram se fundindo com as imagens alucinantes que saltavam à frente dos meus olhos. . Juntamente com o retorno de Kirby, Metroid e (at last!) Donkey Kong …foi tudo visto. E crido

Mas não havia acabado. Foi festa na floresta com direito e água de côco! Lá pelas tantas e surgiu finalmente… o 3DS! Imponente e provável avatar de uma nova geração de portáteis comportando 3D regulável sem a necessidade do uso de óculos, capacidade de reprodução de filmes em 3D, sensores de movimento, wi fi e capacidade de conexão automática à redes lan e internet, touch screem, direcional analógico, possibilidade de se tirar fotos em 3D (!?) retrocompatibilidade com seu antecessor… tantos recursos pomposos! Quem imaginaria todas essas possibilidades!? E com uma promessa de popularização junto às massas que se somou a um line up invejável. Reunindo franquias de peso como Metal Gear Solid, Resident Evil, Assassin’s Creed, Kid Icarus (provocando uma onda de enfartos generalizado), Kingdom Heart, Ridge Racer… caminhando lado a lado com as facilidades de Ips amigáveis do calibre de The Sims, Nintendogs, Animal Crossing e Paper Mario... o 3DS em suma é a representação máxima do que foram as intenções da Nintendo durante a sua conferência da E3 de 2010: inocência e indecência numa combinação explosiva meio rock’n’roll nonsense… que de forma apoteótica assim foi encerrada.

Ainda estou aqui, pensando como encerrar. Mas sei lá. Não dá. Fico com essa: me dêem licença, meus pacientes leitores pois agora vou escovar os dentes e jogar Super Mario Galaxy 2. Estou devendo um review pra vocês…

P.S. Esse texto foi publicado originalmente no Gamus. A versão final inclusive se encontra no site. Clique aqui para ler!

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